Aqui na Galapos, nossa principal missão é auxiliar nossos clientes no processo de construção e crescimento de maturidade gerencial, colocando seus valores em evolução, e inovação é um dos principais caminhos para isso. No primeiro post de uma série sobre inovação para empresas, traduzimos este conteúdo do canal Visual Capitalist que resume 10 principais tipos de inovação que as empresas costumam desenvolver.
Já faz algum tempo que inovação não é mais apenas um diferencial para as empresas, mas algo mandatório. Para evoluir, precisamos nos adaptar, criar, se desenvolver e nem sempre os caminhos que conhecemos vão nos levar até lá.
Segundo o canal Visual Capitalist, que se baseou no estudo da consultoria de inovação americana Doblin, existem 10 tipos principais de inovação que foram base para a maioria dos principais avanços e disrupções dos últimos anos. Abrindo uma sequência de conteúdos sobre inovação para empresas, traduzimos essa matéria para provocar nossos clientes sobre quais aspectos estão sendo trabalhados (e quais não) em suas companhias.
Acompanhe nossas redes sociais e o blog da Galapos para se aprofundar nesta jornada de inovação. Nos próximos conteúdos, vamos detalhar estes caminhos, aproximando da realidade do Brasil e listando os pontos que achamos importantes no plano de inovação da empresa.
A arte de criar produtos disruptivos
Como disse Peter Thiel, venture capitalist e co-fundador do PayPal, "competition is for losers" - concorrência é pra perdedores, em tradução literal.
É inevitável que toda empresa esteja lutando por aumentar sua participação de mercado e concorrer com outras companhias, mas você não quer estar em uma situação em que a concorrência seja tão acirrada que qualquer potencial diferencial seu seja corroído no processo – um cenário conhecido como concorrência perfeita em economia, onde todos produtos são idênticos e os vendedores são apenas tomadores de preço.
Para evitar a concorrência perfeita, as empresas devem se esforçar para construir pilares que lhes dê uma vantagem competitiva sustentável ao longo do tempo. Embora esses pilares possam surgir de várias fontes diferentes, na economia da informação atual, eles geralmente surgem do poder da inovação.
Mas de onde vem a inovação? Existe uma estrutura universal que pode ser aplicada para ajudar a fazer grandes avanços de forma consistente?
Os 10 tipos de inovação
No infográfico traduzido do original da Visual Capitalist, mostramos um resumo da pesquisa aprofundada da Doblin. Os tipos de inovação abordados são alguns exemplos superficiais, porém interessantes para servir de guia e provocar um entendimento geral sobre os caminhos possíveis. Nos próximos conteúdos do Blog da Galapos, vamos aprofundar estes caminhos e aproximar da realidade brasileira.
O estudo analisou mais de 2 mil projetos e descobriu que a maioria dos avanços não se originam necessariamente de invenções de engenharia ou descobertas raras. Em vez disso, eles observaram que as inovações podem ser categorizadas dentro de uma gama de 10 dimensões distintas – e qualquer pessoa pode usar a estrutura estratégica resultante para analisar a concorrência, testar as fraquezas do produto ou encontrar novas oportunidades para seus produtos.
Os 10 tipos de inovação são:
Tipo de inovação | Descrição |
---|---|
| Como você faz dinheiro |
2. Network | Sua rede interna e externa para criar valor |
3. Estrutura | Alinhamento dos seus talentos e ativos |
4. Processos | Métodos e sistemas no dia a dia da empresa |
5. Performance de Produto | Características e funcionalidades diferenciadas |
6. Ecossistema de Produtos | Produtos e serviços complementares |
7. Serviço | Suporte e aprimoramentos que envolvem suas ofertas |
8. Canais | Como suas ofertas são entregues a clientes e usuários |
9. Marca | Representação de suas ofertas e negócios |
10. Interação com Clientes | Engajamento e interações distintas que você promove |
Da teoria à prática
A matéria da Visual Capitalist traz alguns exemplos práticos de como empresas conhecidas alavancaram cada um desses 10 tipos de inovação no passado, ao mesmo tempo em que pontuam algumas táticas que as empresas modernas podem usar para fazer inovações consistentes em novos produtos.
Tipos de inovação #1-4: Organização da Empresa
Segundo a Doblin, os quatro primeiros tipos de inovação giram em torno da configuração da empresa e de todo o trabalho que acontece “nos bastidores”.
Embora os tipos de inovação nesta categoria não sejam diretamente voltados para o cliente, como você pode ver nos exemplos abaixo, eles ainda podem ter um impacto importante na experiência do cliente. A forma como sua empresa e seus produtos estão organizados pode ter um efeitos colaterais relevantes, permitindo até mesmo inovações em outras categorias.
O jornal The New York Times pivotou seu modelo de negócios do tradicional baseado em mídia paga por anunciantes (como ainda é o G1 aqui no Brasil, por exemplo) para o de assinantes (como é o Valor Econômico e outros veículos)
Henry Ford, por sua vez, inovou tornando sua empresa numa das primeiras a controlar toda sua cadeia de suprimentos num modelo de linha de montagem vertical. Hoje, a empresa pivotou seu modelo para garantir maior sustentabilidade e eficiência, abrindo caminho para a otimização da cadeia de suprimentos automotiva.
O Google tem uma regra dos 20%, onde permite que colaboradores trabalhem em projetos paralelos. Essa política permitiu a criação de projetos como o Gmail e Google News.
Já o McDonalds sempre encorajou suas franquias a desenvolver e lançar novos produtos nos seus cardápios, o que levou a criações como o Egg McMuffin e, porque não, o Cheddar McMelt (que só existe aqui no Brasil).
Dois dos exemplos mais interessantes aqui são o Google e o McDonald's. Ambas as empresas fizeram inovações internas que capacitaram seu pessoal a fazer avanços importantes mais adiante.
No caso do McDonald's, a visão do franqueado que levou à introdução do Egg McMuffin liderou toda a oferta de café da manhã da empresa, que agora responde por 25% da receita. O café da manhã também é agora o segmento mais lucrativo da empresa.
Tipos de inovação #5-6: Oferta
Quando a maioria das pessoas pensa em inovação, provavelmente é a categoria de oferta que vem à mente.
Fazer melhorias no desempenho do produto é um tipo de inovação óbvio, mas difícil e, a menos que seja acompanhado por uma cultura da empresa profundamente arraigada em relação à inovação técnica, esses avanços podem criar apenas uma vantagem temporária contra a concorrência.
Essa é a razão pela qual Doblin recomenda que as empresas se concentrem em combinar várias áreas de inovação – isso cria um pilar econômico muito mais estável. Aqui na Galapos costumamos influenciar e discutir este mesmo ponto, inovação de uma forma ampla e estratégica, além de dar visão a todo universo de incentivos existentes, para que a percepção de que investimentos em inovação são muito arriscados e pouco produtivos estejam cada vez mais longes da realidade e resultados práticos da empresa.
Segundo análise da Visual Capitalist, a velocidade, design responsivo e experiência de usuário com seu aplicativo levaram o Spotify a bater seus concorrentes.
A Apple, por sua vez, é referência por, além da performance, ter criado um vasto ecossistema de produtos que funcionam juntos e se comunicam, criando um valor adicional para seus usuários. A Apple tem uma reputação de inovação, mas o ecossistema de produtos destacado acima é uma parte subestimada da estratégia da empresa. Ao pensar no ecossistema de produtos – e garantir que eles funcionem perfeitamente juntos – é criada uma utilidade adicional, ao mesmo tempo em que torna mais difícil para os clientes abandonarem os produtos da Apple.
Tipos de inovação #7-10: Experiência
Esses tipos de inovação são os mais voltados para o cliente, mas isso também os torna mais subjetivos ao ponto de não ser fácil prever como os clientes vão receber e interpretar.
Enquanto outras inovações tendem a ocorrer a montante, todas as inovações na experiência são testadas nas mãos dos clientes. Por esse motivo, é necessário um cuidado intenso na implantação dessas ideias.
A Amazon criou nos Estados Unidos um sistema de frete expresso grátis, onde alguns produtos são entregues em menos de 2 horas em áreas próximo a estações de metrô. Nos primórdios da internet, o envio on-line era precário, na melhor das hipóteses, mas a introdução do Amazon Prime e o envio rápido gratuito para todos os membros foi um divisor de águas para o comércio eletrônico. Cumprir tal promessa não foi tarefa fácil, mas hoje existem 150 milhões de usuários do Prime em todo o mundo.
A Nespresso fidelizou seus clientes com um programa de assinatura, que entrega capsulas sortidas com um pagamento mensal recorrente, e suas lojas focadas na experiência do consumidor, além da própria criação de capsulas de uso único.
O Visual Capitalist ressalta o ativismo e envolvimento da empresa Patagonia em causas ambientais como um diferencial para consumidores de roupas de aventura e uso ao ar livre (outdoor apparel market).
A Mercedes lançou um manual do proprietário com realidade aumentada, com uma série de informações interativas, substituindo o antigo manual de papel.
Fazendo a inovação acontecer na sua empresa
Além de um universo de alternativas sobre onde inovar, existem aqui no Brasil diversos caminhos e alternativas de incentivos para investir nestas iniciativas, seja pensando no desenvolvimento de equipes próprias de P&DI, até um ecossistema de inovação aberta, envolvendo outras empresas, startups, ICTs e hubs. É essencial entender qual o objetivo, lacuna e estimativa de ROI do projeto para se traçar um plano de inovação.
Aqui na Galapos atuamos tanto no entendimento destes caminhos, com nosso time estratégico de finanças, quanto na operacionalização dos projetos, através captação de recursos incentivado, sistemas de inovação aberta, alternativas de funding, aproveitamento de incentivos fiscais e de infraestrutura e um acompanhamento atento aos resultados do projeto.
Se quiser dividir seus desafios conosco, nos escreva em contato@galapos.com.br ou aqui pelo formulário do site. Conta conosco e vamos evoluir!
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